P A G E S

27.2.13

Amamentação - a minha experiência!

Como sabem, cheguei a fazer alguns posts sobre a amamentação aqui no blog.

A verdade é que nunca segui modas e sei que era o melhor para o meu filho. Para além de ser natural, era mais uma ligação que teríamos...

E, porque me faltou a coragem para escrever sobre este assunto, só agora estou a partilhá-lo convosco. Aqui vai....


A vida é feita de contrariedades e tive de interromper o nosso processo de amamentação no 4º dia de vida do M.


Antes dele nascer, cheguei a ter uma mastite (coisa pouco vista antes de um parto), que consegui controlar com antibióticos e analgésicos.


Depois do M. nascer, dei de mamar logo na 1ª meia-hora de vida dele e fui-me aguentando até ao final do 2º dia sem problemas. Apesar de conseguir dar de mamar na mama esquerda, a direita começou a ficar afectada de novo. Comecei a ter muitas dores, mas visto que o melhor é sempre 'esvaziar', não desisti! 


Mas comecei a notar que, para além das lágrimas que me caíam compulsivamente da cara, o M. não ficava bem alimentado porque o meu mamilo começou a ficar para dentro e ele nao conseguia fazer a sucção! Solução?... Mamilo de silicone! Tentei imensas vezes, mas ele nunca pegava!


No duche, comecei a fazer quentes e a tentar esvaziar o peito, mas sem resultado... saía um pouquinho de água. Comecei com a bomba, mas nada saía do lado direito.

Começou a infeção a sério e fui para as urgências de obstetrícia do HSFX ser bombeada! Praticamente 1hora com a bomba, as enfermeiras a fazerem massagens em simultaneo...e posso-vos dizer que foram dores piores que as do parto!

Voltei para casa... com mais antibióticos, anti-inflamatórios e com recomendação que nas próximas 24h tinha de estar sem vermelhidão. Em casa continuei com a bomba e com as tentativas de meter o menino a mamar... durante 1 dia não consegui pegar no meu filho ao colo e nada me estava a deixar mais triste.


Pois que fiquei ainda pior e, já no Domingo, falei com o meu Obstetra (Dr. Fernando Cirurgião) e ele disse-me que, neste estado, tinha de começar a fazer secagem do leite...! (até vos mostrava uma fotografia mas é demasiado horrível).


Depois de muito chorar e de me achar uma mãe do pior... o Dr. Fernando disse-me que serei uma óptima mãe na mesma e que nada iria afectar a relação que tenho com o M., pois o mais importante é que eu tenha saúde suficiente para dar muitos mimos ao pequenino e que ele esteja bem alimentado! Disse, ainda, que as soluções de leite que existem agora são muito proteícas para os nossos bebés!


E sim... hoje, ainda me cai uma lágrima de tristeza... mas o mais importante é a minha recuperação e conseguir ter o amor pertinho de mim e a ficar gordinho!

E agora, tenho de agradecer ao meu A., o meu mais que tudo, que tem sido incansável nesta fase!


E agora, aqui estamos nós, ontem à noite, num 'Happy Meal'.





Até já,

PS: a quem quiser partilhar alguma história, está mais que à vontade.


19 comentários:

  1. Eu também tive que deixar e de facto sentimo-nos culpadas mas não deviamos pois há situações em que resulta e outras que não e em que é pior para a mãe que não goza o momento porque está cheia de dores e para o bebé que fica com fome.
    Tudo vai correr melhor assim... não fiques culpada nem triste.
    Bjinho grande,

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    1. É isso mesmo. Temos de gozar o momento e não permitir que algumas coisas nos impeçam de o fazer.

      obrigada pelo carinho :)

      grande beijinho*

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  2. Ó princesa Mariana:)***
    tenho uma amiga q teve o mm q tu na altura do parto! exactamente cmo ela descreveu e eu cheguei a ver&tocar no peito 'ferido'...
    mas imagens cmo estas, e quem observa, ate se esquece dos momentos - doces q passaste.
    Veras q o teu Maneli:D n vai desgrudar de ti à mesma ^_^
    ***uma boa recuperaçao*** e desfrutem! a 3!!!.

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    1. Obrigada pelo carinho minha querida! O meu querido M. é um doce e já me olha assim profundamente todos os dias.. e isso vale por tudo!

      grande beijinho para ti***

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  3. Não fiques triste. É claro que a tua relação com o teu bebé não é beliscada em aspecto nenhum por este episódio, e não é o amamentar ou não que te define como boa mãe. Isso todas nós o somos, só por amarmos os nossos filhos acima de tudo e querermos o melhor para eles. Perante a vontade que sei (dos teus escritos) e que vejo que tinhas de amamentar, é pena que não tivesses conseguido ser acompanhada por uma CAM, porque julgo que teria sido uma ajuda inestimável, apesar de haver sempre a possibilidade de a doença mesmo assim levar a melhor. Partilhando um pouco da minha própria história contigo, acho que devo o facto de ter levado a amamentação em diante ao acompanhamento de uma CAM na primeira semana. :) Também tive um início de processo muito complicado, mas consegui ultrapassar as mastites (fiz duas, estou solidária contigo!) sem, felizmente, outras complicações de saúde agregadas.
    Como dizia atrás, não vale a pena ficares triste. O que lá vai lá vai, e o que não tem remédio remediado está. Não deixes esses medos e inseguranças se apoderarem de ti. És a melhor mãe que o teu filho podia ter, porque só queres o bem dele, acima de tudo o resto. E, mais do que isso, és "a pessoa" dele, com ou sem maminha. :)

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    1. Confesso que já estou mais animada! Vejo-o, finalmente, a beber muito leitinho e já não está a perder aquele peso terrível que me estava a assustar.

      Obrigada pelas palavras de apoio e força. Só quem nunca foi mãe não sabe o que custa pensarmos que estamos a faltar com alguma coisa aos nossos filhos!

      grande beijinho*

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  4. já foi dito em muitos comentários antes. e eu reitero. os livros dizem muitas coisas. pintam cenários idílicos sobre maternidade e paternidade. eu digo "bullshit". sabes Mariana, o Santiago nasceu prematuro de urgência às 32 semanas fruto de uma placenta prévia total e uma hemorragia tremenda. pesava 1,4 kg. como podes imaginar, as aulas pre-parto foram ao ar. nem uma tivemos oportunidade de fazer. nasceu e foi para os cuidados intensivos. precisou de luz artifical, oxigénio, alimentado a soro pelo umbigo. vimos o nosso filho todo entubado e amarrado a uma incubadora. ficava noites sozinho (sem os pais) na incubadora dos cuidados intensivos. a dor dos pais ficarem separados do seu filho logo à nascença é... bom, difícil de explicar. mama e leite materno, niente. a Irina quase não teve leite e faze mastites dolorosas. a alimentação foi quase sempre com suplemento. ora, segundo as teorias dos mais entendidos, o meu filho devia então ter défice de apêgo aos pais. laços relacionais disfuncionais ou, pelo menos, mais fracos que as crianças de termo alimentadas até aos 2 anos a mama. segundo os livros, devia ser mais limitado a nível motor e cognitivo. o que eu te posso dizer e qualquer pessoas que conhece bem a minha famíla pode confirmar, somos do mais unidos que pode haver. o amor e ligação que o Santiago tem pela mãe e por mim é coisa difícil de quantificar. e nem eu nem a mãe demos mama. portanto, guarda as tuas lágrimas para os primeiros passos, a primeira palavra, para o primeiro abraço que ele te der, para a primeira vez que ele te disser que te ama muito. porque aí sim, vais precisar delas. eu aprendi que leite é leite. só isso. pode ser facilmente substituído. agora amor de mãe, isso nunca pode ser substituído. não é por acaso que há tatoos a dizerem isso. o mesmo para o amor de pai. esse sim, é o alimento que interessa e que não te vai faltar nunca. take it from me, f**k the books, forget what you read. all you really need is love. the rest is bullshit.

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    1. A força que me dás ao ler estas palavras! Sim... BULLSHIT! É mais importante estarmos todos saudáveis do que haver uma das partes que não consegue dar o seu melhor por... e agora confesso... aquilo que as pessoas nos dizem! Ouvir um "ah coitadinho já não tem leite da mãe" e "ele precisava tanto desse leitinho" vão começar a ser mandados pela janela fora... com má cara!

      Obrigada, de coração!

      Beijinho enorme para a tua linda família*

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  5. Eu tive de deixar tb aos 3 ou 4 meses (na altura não esquecemos isso um seg. e choramos mto, mas como podes ver agora até já nem sei se foi aos 3 ou aos 4..lool). Tb fiz uma mastite, uma febres horriveis e mal me conseguia levantar qto mais tratar do meu Budinha... tomei anti inflamatorios e o antibiotico e até parecia estra melhor, mas abes... deixei por opção... pk sei k não era só por causa da mastite que estava em baixo, estava esgotada mesmo, fraca e td por dar de mamar ao meu filho (sou trinca espinhas, a força não abunda tanto por aki...lool) custou-me, mas tinha de ser... decidimos, eu e o Pai (ainda defendo que esta decisão é de ambos, apesar de a nossa pesar mais!), que tinha de deixar de dar de mamar e assim foi... deixei naturalmente e ganhei um novo entusiasmo e uma nova vida e dinamica, passei a dar mais atenção ao meu filho e mais importante conseguir dar-lhe essa atenção... CONSEGUIR... Hoje como podes ler no meu blog e para quem conhece o meu famoso Budinha... não deixa de ser um homem forte e goduxo por não ter mamado mais tempo... Hoje acredito que tenho a ligação mais forte do mundo com o meu filho!!! Força para ti e para os teus rapazes. :) beijinhos

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    1. Afinal somos mais do que eu pensava! SIM!! Não vamos ficar com menos apêgo e os nossos filhos não vão gostar menos de nós por isso! Obrigada minha querida :)

      Beijinhos para ti e para o teu Budinha delicioso*

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    2. E há que esquecer o que os outros dizem. A minha mãe nunca teve leite para mim, nem do caso do meu irmão mais velho e estamos aqui com força e saude e não sou menos inteligente que outros e etc (essa balelas k dizem sobre quem nunca mamou) enfim.. era melhor mamarem, tudo bem, mas se não mamei não sou nem nunca vou ser inferior aos outros por isso. Nada na vida se consegue sem esforço e muito trabalho também... :D beijos grandes e aproveita cada segundo com o teu M!!

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  6. Antes da mais parabéns pelo Manel e parabéns pelo blog que não conhecia.
    Relativamente à amamentação deixa-me os nervos em franja o, ainda, preconceito (que o é) de que quem não dá mama não é boa mãe. Já muito me manifestei aqui http://dehorascontadas.blogspot.pt/2012/12/a-santa-inquisicao-da-amamentacao.html acerca do assunto pois muito sofri aquando o nascimento do meu 1º filho. Agora (há 3 meses) tive gémeos e já encarei as coisas de forma diferente.
    Quando a natureza está de feição é tudo muito bonito, maravilhoso, quando não está existe a ciência para fazer frente às necessidades e é maravilhoso na mesma porque mais importante na hora de alimentar o nosso bébé é passar-lhe tranquilidade e alegria e não angústia e frustração. Depois a Maternidade é muito mas muito mais do que dar mama por isso não penses mais no assunto e desfruta bem todos esses momenos "happy meal". Felicidades!

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    1. Obrigada pelo carinho nas palavras! o Manel é a nossa inspiração para este blog (resolvemos fazê-lo depois de ver que só existiam blogs de mamãs conhecidas ou com os quais não me identificava de todo e faltava informação na primeira pessoa sobre imensos assuntos). Espero que continues a visitar-nos e, tendo filhos, partilhes connosco as tuas histórias :)

      Em relação ao que me escreveste... MUITO OBRIGADA!

      Apesar de me ter faltado a coragem para escrever mais cedo sobre o que me tem apoquentado estes dias, ocorre-me que, se o tivesse feito, teria percebido que não sou menos mãe, não sou menos mulher por não amamentar. O meu filho irá amar-me igual e eu terei todas as forças agora para o conseguir mimar o mais que conseguir!!!

      Muitos muitos muitos beijinhos

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    2. Ora aqui está alguém de quem passei a ser fã! Cat parabéns pelo comentário! Não podia estar mais de acordo e falo também por experiência própria! Também eu me senti no desespero sempre que ouvia um comentário do género "não te esforças o suficiente". Mas na 2.ª filha a confiança estava do meu lado e foi de cabeça erguida que comecei com o suplemento logo no 2.º mês.
      Mariana, cada mulher tem a sua experiência e nenhuma é mais importante do que a tua. Faz as coisas à tua maneira (em tudo o resto) e ignora os comentários de quem tem a mania que sabe tudo...
      Bjs!
      Telma
      http://acaseira.blogspot.pt/

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  7. Olá Mariana! Olha só te posso dizer que no 1.º filho tudo é um drama, principalmente porque falham as nossas expectativas, que por norma estão mega desalinhadas com a realidade - pelo menos por mim falo. Posso dizer-te que apesar de reconhecer todos os benefícios associados à amamentação, a mim custou-me sempre horrores e se da Constança chorei baba e ranho quando fui obrigada a dar suplemento, já da Carlota assumi que não caí mal ao mundo, muito menos aos nossos bebés, que crescem na mesma (ou mais rápido, no caso das minhas) e estabelecem um laço com as mães inquebrável independetemente da forma de alimentação. Isto tudo para te dizer que nada de stress! Aproveita o teu bebé :)
    Telma

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  8. Querida, já falámos sobre este assunto uma vez. Sei, por experiência, que é algo que marca, o facto de uma mãe não conseguir ou não querer amamentar o seu filhote, e isso não faz delas menos mães. Há que ter presente que os fundamentalismos não devem ser chamados para a área de educação e criação de uma criança, porque cada criança, mãe, pai são seres únicos e o que funciona para mim, não funciona para ti e vice versa,
    No meu caso em particular, a Leonor tinha muitas cólicas que só acalmou quando começou a beber leite adaptado, e esta hein? acabei com intercalar os leites, apesar do que iam dizendo, que tal era impossível.. que o leite materno era o melhor para as cólicas e blá, blás...
    Tu és A melhor Mãe que o Manel podia ter escolhido. Não te esqueças disso, nunca.

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    1. Obrigada pela força minha querida! É por existirem amigas como tu que eu me sinto tão apoiada e cheia de força para continuar em frente!

      Obrigada doce!

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